Espaço Psicologia e Psicoterapia
  • Home
  • Áreas de actuação
    • Psicoterapia >
      • Adultos >
        • Psicoterapia Individual
        • Psicoterapia de Casal
        • Check-up Psicológico
      • Crianças e Adolescentes >
        • Psicoterapia Individual
    • Desenvolvimento Pessoal
    • Orientação e Aconselhamento Vocacional e de Carreira >
      • Adultos
      • Adolescentes >
        • Recursos para jovens e pais
    • Formação e Supervisão de Psicólogos >
      • Supervisão
      • Formação
      • Vídeo-Formação
      • Recursos para Terapeutas
      • Blog Terapeutas
  • Equipa e Contactos
  • Blog
  • Rádio
  • Créditos

Blog para terapeutas

Aprender a usar a relação

23/5/2014

0 Comments

 
(ou o impacto do trabalho do Jeremy Safran em nós)

Felizmente tive o privilégio de, ainda enquanto estudante, me fazer acompanhar de professores e terapeutas que me introduziram desde cedo a referências marcantes da comunidade psicoterapêutica, que influenciaram imensamente o meu crescimento enquanto clínica e o trabalho que ainda hoje faço com os meus pacientes. O Jeremy Safran foi uma destas primeiras referências; com ele aprendi a ter particular atenção à relação terapêutica, reconhecer impasses e rupturas na relação que estejam a dificultar o andamento do processo, e não ter medo de, de uma forma cuidada e respeitosa, partilhar com o paciente aquilo que eu sinto estar a acontecer na relação, no paciente e/ou em mim própria.
Joana Fojo Ferreira

Ao longo da formação de um psicólogo, uma das expressões mais ouvidas é a relação terapêutica, contudo até conhecer o trabalho de Jeremy Safran, esta expressão para mim, não passava de um conceito vago, difícil de operacionalizar e sobretudo implícito. Através da leitura das suas obras, consegui perceber que a relação terapêutica não é somente algo que está lá em pano de fundo ou implícito, mas um ingrediente essencial e que deve ser explicitado. Se por um lado, esta ideia me permitiu estar mais à vontade em terapia, por implicar mais espontaneidade e uma maior responsividade ao que está a acontecer no momento, por outro implicou desafiar-me como pessoa porque implicou estar em contacto com as minhas próprias emoções.
Andreia Santos

Aspectos centrais do trabalho do Jeremy Safran

O foco principal da investigação e trabalho clínico do Safran é a relação terapêutica, particularmente a aliança terapêutica. O ponto de viragem que o Safran introduziu foi aproveitar a relação terapêutica não só para compreender e conceptualizar a experiência do paciente, mas muito para intervir com o paciente, devolvendo-lhe e clarificando o que está a acontecer no processo ou na relação.

Trabalhar a relação terapêutica, para o Safran, não é meramente confrontar o paciente com o seu próprio funcionamento, mas sim o terapeuta implicar-se, ou seja, perceber o que é que é seu e o que é que é do paciente e/ou da relação dos dois, e comunicar isto ao paciente de uma forma cuidadosa e validante. É aqui que entra o conceito de metacomunicação, tornar o implícito explícito, trazer a relação e o processo para o foco do trabalho terapêutico.

Com que intuito?
Frequentemente a relação terapêutica reflecte o funcionamento interpessoal do paciente lá fora, a forma como reage aos outros e o tipo de reacções que estimula nos outros também. Explicitar estes padrões favorece a tomada de consciência dos mesmos. Por outro lado, explorar e compreender estes padrões no seio de uma relação segura, possibilita ensaiar formas diferentes de se relacionar.

Como a relação terapêutica é um encontro entre duas pessoas, com expectativas e realidades interpessoais diferentes, a existência de rupturas/impasses/estranhezas na aliança é praticamente inevitável. O papel do terapeuta não é impedi-las, mas sim repará-las. É neste sentido que o Safran reflecte e esquematiza diferentes tipos de ruptura e formas de intervir nelas no sentido de as resolver.

Muitas vezes assustamo-nos com a perspectiva de sair do lugar do especialista para alguém que de facto se está a relacionar com o outro, em que passamos mesmo a falar de nós, com o bom e o mau que isso acarreta. É aqui que o Safran tem o poder de nos tranquilizar, além de suscitar vontade de nos implicarmos mais e mais profundamente nos processos terapêuticos. Nestes dois aspectos ele é absolutamente inspirador.

0 Comments



Leave a Reply.

    Autoras

    Andreia Santos
    Joana Fojo Ferreira

    Um espaço de partilha de reflexões e considerações importantes à prática clínica.
    Receba cada novo post no seu e-mail subscrevendo a nossa mailing list


    Arquivo

    Clique em arquivo para aceder à lista de textos publicados.

    Categorias

    All
    Abordagens Terapêuticas
    Abordagens Terapêuticas
    Auto-reflexao
    Autovisão
    Diana Fosha
    Gestalt
    Interface Com Outras Areas
    Jeremy Safran
    Leigh McCullough
    Paul Wachtel
    Perturbações Da Personalidade
    Relação Terapêutica
    Relação Terapêutica
    Terapeutas


    Cronologia

    December 2019
    July 2017
    May 2016
    November 2015
    October 2015
    October 2014
    September 2014
    May 2014


    RSS Feed

Powered by Create your own unique website with customizable templates.
  • Home
  • Áreas de actuação
    • Psicoterapia >
      • Adultos >
        • Psicoterapia Individual
        • Psicoterapia de Casal
        • Check-up Psicológico
      • Crianças e Adolescentes >
        • Psicoterapia Individual
    • Desenvolvimento Pessoal
    • Orientação e Aconselhamento Vocacional e de Carreira >
      • Adultos
      • Adolescentes >
        • Recursos para jovens e pais
    • Formação e Supervisão de Psicólogos >
      • Supervisão
      • Formação
      • Vídeo-Formação
      • Recursos para Terapeutas
      • Blog Terapeutas
  • Equipa e Contactos
  • Blog
  • Rádio
  • Créditos