![]() Andreia Santos Gostaria neste texto de partilhar convosco, uma ideia com a qual eu me identifiquei bastante sobre a forma como lidamos com as nossas preocupações, que ouvi de uma pessoa que percebe muito de bem-estar. Se fizermos um pequeno exercício de pensar o que é que achamos das preocupações, tendencialmente vamos todos dizer que são más e que não as queremos. Mas na realidade será isso mesmo assim?! A nossa mente está constantemente a criar preocupações que nos colocam num tempo que não é o momento em que estamos a viver, mas sim num futuro. Isto é, estamos a antecipar algo, “ estamos a pré ocuparmo-nos com preocupações”. Este foco no medo de um futuro conduz inevitavelmente a sintomas de ansiedade, onde se incluem por exemplo as insónias. Sendo algo que nos faz sentir tão desconfortáveis, qual será a melhor forma de lidar com elas? A resposta pode parecer complexa mas na realidade é tão simples como: ocuparmo-nos com aquilo que nos preocupa. Pode à partida parecer estranho mas, na realidade significa assumir responsabilidade pelos nossos actos e pelas consequências dos mesmos, ou seja fazer algo de concreto. Na minha prática clínica, oiço muitas vezes as pessoas dizerem que determinada coisa as preocupa, mas quando exploro a preocupação, muitas são as vezes em que percebo que as pessoas ainda não agiram, isto é, ainda não se ocuparam com aquilo que as preocupa. Exemplos muito simples, quando alguém diz: i) estou muito preocupado com os exames ou testes académicos e se percebe que as pessoas ainda não começaram a estudar ou a organizar o seu estudo ou ii) quando alguém tem receio que a relação amorosa possa terminar mas ainda nem sequer falou com o parceiro sobre isso ou agiu para que algo ficasse melhor. Experimentem pensar em algo que vos preocupa (podem começar com algo simples como uma situação que têm de resolver urgentemente) e de seguida, ocupem-se a fazer algo de concreto para a eliminar, nem que seja parcialmente, e estejam atentos ao que sentem de seguida. Muito provavelmente irão sentir um maior alívio da ansiedade ou tensão e uma maior sensação de tranquilidade, como se a preocupação tivesse tomado uma proporção menor.
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