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Regresso ao futuro: Ou o retorno e balanço possíveis pós estado de emergência

16/5/2020

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Joana Fojo Ferreira

A pandemia do covid-19 implicou ajustes e adaptações nas vidas de todos nós. Há os que tiveram relativa facilidade neste ajuste, e até fizeram reformulações interessantes e desejadas nas suas vidas, e há os que tiveram mais dificuldade, para quem a situação foi mais desafiante e dura.

Passados dois meses, há potencialmente novas mudanças, novas adaptações, que o cenário atual, ainda que gradualmente, impõe fazer – os que gostaram ou beneficiaram da experiência de confinamento, podem ter dificuldade agora no retorno ao registo anterior, e os que tiveram dificuldade com o confinamento, podem debater-se com a lentidão necessária do retorno.

Independentemente de para que lado pendemos mais, darmo-nos tempo e espaço para ir fazendo o balanço desta experiência é importante para a integrarmos na nossa história, na nossa identidade, de uma forma o mais tranquila e saudável possível:
  • Integrar o tempo que despendemos nas redes sociais a cuidar de nós e/ou dos outros, ou pelo contrário, a necessidade que sentimos de nos afastar um pouco delas e resguardarmo-nos mais em nós próprios e nas nossas tarefas diárias.
  • Integrar os benefícios e/ou os malefícios que o confinamento nos trouxe.
  • Integrar o medo que sentimos (passado ou presente), ou a forma mais despreocupada com que vivemos a situação.
  • Integrar as opiniões e as reações que fomos tendo ao longo do tempo, e a potencial disparidade com as opiniões e reações de outras pessoas à nossa volta.
  • Integrar o maior foco que demos à nossa carreira, ou pelo contrário à família, ou a tentativa que fizemos de os integrar, ou a incapacidade de sequer investir em algum.
  • Integrar as mudanças que a situação pode ter trazido aos nossos projetos presentes e futuros…

Enfim, há muito para refletir e integrar, e associado a um contexto de incerteza do que vai acontecer daqui para a frente – o retorno é definitivo ou vamos precisar voltar ao confinamento? Quando é que nos poderemos sentir mais seguros relativamente aos riscos de contágio? Quanto é que as dificuldades económicas decorrentes da pandemia me vão afetar? Quando é que me posso voltar a sentir um cidadão do mundo e desfrutar de uma mobilidade relativamente livre por ele?…

É tempo de nos darmos espaço para ir formulando as nossas perguntas e encontrando as nossas respostas. Salvo situações mais radicais de fundamentalismos preocupantes, não há reações certas e erradas, nem opiniões certas e erradas, vamo-nos debruçando sobre elas à medida que as vamos sentindo presentes em nós, e vamo-nos construindo ou reconstruindo com elas.
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Como sobreviver a grandes mudanças de vida

6/3/2019

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Joana Fojo Ferreira

A recente experiência da maternidade deixou-me a pensar sobre os ingredientes necessários a uma boa adaptação a grandes mudanças de vida, mesmo quando são positivas e desejadas.
Tenho que confessar que nunca tinha vivido nada tão desafiante até à data, e creio que tenho hoje uma compreensão diferente sobre como pode ser duro adaptarmo-nos a novas situações de vida, e um respeito maior pelas pessoas que abraçam grandes desafios e procuram gerir as dificuldades inerentes ao processo de adaptação.

Quando as mudanças são à partida positivas e desejadas, que são aquelas sobre as quais me debruço neste texto, uma dificuldade inicial frequente são as nossas próprias expectativas que vai ser tudo maravilhoso porque é um desafio que queremos muito abraçar, e igualmente as expectativas dos que nos rodeiam, que também tendem a imaginar um cenário idílico, e até eventualmente a invejá-lo, e portanto a desconsiderar as dificuldades associadas. Um primeiro ingrediente portanto que eu recomendo para uma boa adaptação a grandes mudanças é regular as nossas expectativas e as dos que nos são próximos, procurando reconhecer os desafios e as dificuldades que a mudança vai trazer.

Adicionalmente, e também relacionado com expectativas, face a estas mudanças positivas e desejadas, imaginamo-nos super capazes de lidar com tudo sozinhos, super autónomos e competentes, e muitas vezes desvalorizamos a importância e necessidade absoluta de pedir e acolher todo a ajuda e suporte que nos possam dar. É tudo tão mais suportável e descomplicado quando é partilhado, quando vivemos a experiência acompanhados e não sozinhos. Portanto o segundo ingrediente que recomendo é rodearmo-nos de pessoas que nos possam dar diferentes tipos de apoio, tanto físico como emocional, e percebermos que isso não põe em causa a nossa capacidade, pelo contrário, ajuda-nos a desenvolver estas novas competências (que precisamente por serem novas não poderiam estar já adquiridas) e mobilizar recursos que sozinhos poderiam nem nos ocorrer.

Depois a certa altura há o risco de nos sentirmos tão submersos nas dificuldades, que esquecemos as coisas boas, ou o propósito ou o objetivo maior; pelo que o terceiro ingrediente que recomendo é lembrarmo-nos e valorizarmos as coisas boas inerentes à mudança, porque é difícil sim, mas consegue ser tão bom também.

Um quarto ingrediente, e de extrema importância, é irmos lendo o nosso estado interior, as necessidades que precisamos satisfazer; e as pessoas à nossa volta também podem ser bons aliados a ajudarem-nos a perceber o que estamos a precisar. Porque é super importante podermos ir-nos ajustando ao que vamos precisando momento-a-momento, que passará algumas vezes por experimentar coisas novas, e outras vezes por reintroduzir gradualmente rotinas ou hábitos anteriores que eram importantes para nós.

Por último, um ingrediente que considero também essencial, é perceber que as mudanças, como a própria vida, são processos dinâmicos, sem fim, vão sempre haver oscilações entre momentos de imensa satisfação e sensação de auto-realização, e momentos de grandes dúvidas, aflições e até desespero. Se já o esperarmos, vai ser mais fácil lidar com os momentos maus e não deixarmos que os momentos bons se deixem afetar demasiado por eles.

Portanto, invista nas mudanças que quer para a sua vida e abrace os desafios que lhe são inerentes, não esquecendo nem de valorizar o bom nem de cuidar do mau.
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A importância do luto

20/6/2018

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Joana Fojo Ferreira

No seguimento dos incêndios de Outubro do ano passado, escrevi um pequeno texto no facebook sobre o luto que me pediram para estender.

Na altura escrevi:
“Os incêndios destes dias deixaram novamente o país de luto. Há uma corrente geral de indignação, de revolta, e também de solidariedade.
E o processo de luto comporta de facto todos estes elementos, permite-nos entrar em contacto e processar a zanga, a tristeza, o medo – todo um fluxo de emoções intensas e muitas vezes contraditórias; e contactar também com a nossa necessidade de suporte e (re)conexão connosco próprios, com os outros, e com o que é realmente importante na vida.
E os processos de luto são importantes por isso mesmo, por nos proporcionarem um espaço e um tempo para processarmos todo o caos interior em que ficámos, acolhermos o apoio dos que nos rodeiam e empatizam com a nossa dor, e mobilizarmos os recursos necessários para as mudanças e adaptações que precisamos fazer.
O luto é duro mas abre a porta à transformação e adaptação positiva. Que este luto nacional, e todos os nossos lutos, possam trazer mudanças importantes e sólidas.”


Perder alguém que nos é importante é tão difícil, que tendemos a desvalorizar a importância do processo de luto, vendo-o muitas vezes como uma inevitabilidade que gostaríamos de dispensar.
Vai muito ao encontro de uma tendência social geral para banir, abafar, pôr de parte o que é doloroso, procurando apenas contactar com o que traz satisfação e prazer.
Esquecemos nesta hiper-desvalorização do doloroso, que ele tem uma função adaptativa, de processamento de uma perda, no caso do luto, e consequente favorecimento da adaptação e investimento numa nova realidade.

Processar uma perda implica conectar com uma variedade de emoções associadas, entre a zanga, a tristeza, o medo,… e no processo de darmos algum sentido à experiência, passamos pelo choque, pela negação, pela revolta, pela apatia, pela aceitação, até chegarmos a um novo equilíbrio – é este processar da perda que permite a adaptação e investimento na nova realidade. Se não nos permitirmos este processar, a experiência de perda fica cristalizada dentro de nós, sem movimento, sem evolução, impedindo-nos de reformular e reinvestir na nossa vida.

É também esta conexão connosco, com as nossas emoções, que nos permite reconhecer as nossas necessidades, e procurar o suporte de outros que nos possam ajudar a satisfazê-las, nomeadamente a necessidade de conforto, de ligação, de sentido.

Neste processo de processamento da perda e reconexão connosco e com os que nos rodeiam, possibilitamos a mobilização dos recursos necessários para as mudanças e ajustes que sentimos necessidade ou queremos aproveitar para fazer. Porque ainda que o luto seja duro, também traz coisas importantes e positivas, ou pelo menos tem potencial para as trazer, se nos dermos a possibilidade de o viver.
Entre algumas possibilidades de transformação positiva, podemos incluir, a título de exemplo, a reconexão ou reaproximação a pessoas de quem durante um tempo nos afastámos, ou o reconhecimento de competências e recursos que julgávamos não ter porque na presença do outro não sentimos necessidade de desenvolver, ou o investimento em projetos pessoais e/ou humanitários que foram ficando na gaveta e que agora sentimos novo ímpeto para retomar, ou a reformulação de valores, tornando-se mais claro o que é que realmente valorizamos na nossa vida.

Neste sentido o meu apelo é para não se assustarem nem desvalorizarem o luto, e pelo contrário darem-se espaço para o viver e processar.
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Sobre a depressão

19/1/2014

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Joana Fojo Ferreira

Só se deprime quem não se deixa entristecer.
António Branco Vasco

Do meu ponto de vista, a depressão equivale a um processo de desligamento de si próprio e do mundo; simbolicamente é um fechar a porta, um deixar de acreditar, um sentir que não vale mais a pena lutar.

Neste sentido, nas origens da depressão, especialmente a mais debilitante e crónica, tendem a existir experiências dolorosas prolongadas ou muito repetidas, e esforços de resolução dos problemas fracassados, ou respostas frequentes de invalidação e desqualificação dos outros, que deixam a pessoa a sentir-se impotente ou incompetente e muito desesperançada e desamparada.

A certa altura, aceder a estas experiências ou memórias dolorosas, sem conseguir recuperar ou mobilizar outras mais positivas e vitalizantes, torna-se demasiado doloroso e angustiante, e é como se se escolhesse então, ainda que de forma inconsciente, deixar de sentir, cortar o contacto consigo e com o mundo, deixar de “viver”.

Em terapia, o que procuramos fazer perante estes cenários, é ajudar a pessoa a reabrir-se à experiência, a recuperar o contacto consigo e com o mundo, num ambiente seguro e protector, que favoreça que ela se permita voltar a sentir, e ao mesmo tempo aceder e activar recursos internos ou externos, que a ajudem a dar um sentido mais produtivo e menos incapacitante a estas experiências dolorosas passadas ou presentes.
O objectivo é também combater a sensação de desamparo e ajudá-la a perceber que, ainda que não possa apagar o seu passado, não precisa continuar a viver nele no presente e pode construir, mesmo a partir dele, uma narrativa diferente para o seu futuro.

Talvez lhe pareça estranha a frase “Só se deprime quem não se deixa entristecer”, mas na realidade, ao permitir-se entristecer, ou sentir qualquer uma das suas emoções mais dolorosas, num ambiente seguro e validante, está a abrir a porta para processar e arrumar as suas experiências dolorosas e integrar na sua vivência emoções e experiências positivas que o ajudam a dar um sentido menos drástico e menos incapacitante às negativas.

Não feche a porta a si próprio, permita-se sentir!

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E se em vez de sair da sua zona de conforto a aumentar?

28/10/2013

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Joana Fojo Ferreira

Espalhou-se pela internet, há uns tempos atrás, esta imagem alusiva à distância entre a nossa zona de conforto e a zona onde a magia acontece.
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Esta imagem tem alguns problemas: por um lado, dá a ideia de que ou estamos numa zona ou estamos na outra e que há uma distância imensa entre as duas; por outro, não clarifica como é que se passa de uma zona para a outra, passa a ideia de que temos que sair da nossa zona de conforto e dar um salto de confiança para algo absolutamente estranho e desconhecido para que a vida passe a ser como gostávamos que ela fosse; por último, ainda que para os mais aventureiros este salto possa ser estimulante, para o comum dos mortais esta imagem pode trazer uma certa angústia, a sensação de que a distância é demasiado grande e o salto demasiado assustador, nunca conseguirei chegar onde a magia acontece.

Por estes motivos, prefiro esta segunda imagem, mais realista, menos angustiante e mais esclarecedora.
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Nesta imagem compreendemos que para a magia acontecer não temos que sair da nossa zona de conforto e dar um salto no escuro, temos sim que AUMENTAR a nossa zona de conforto para que ela inclua a zona onde a magia acontece.

A mudança não tem que passar por uma transformação radical em que deixamos de ser quem somos para passarmos a ser ou a estar num ponto completamente diferente; mudança pode muito bem ser, e é-o a maioria das vezes, um acumular de pequenos ganhos, de pequenas experiências no limiar da nossa zona de conforto, que se vão tornando seguras, sólidas, e nos permitem gradualmente ir mais além.

Quando voltar a ver a primeira imagem, não se assuste, acrescente-lhe mentalmente círculos maiores de potencial de crescimento, e acredite, através deles, passo a passo, vai chegar exactamente aonde quer.

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    Autoras

    Andreia Santos
    Joana Fojo Ferreira

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