![]() Andreia Silva Santos Agora findo aquele período de descanso e revitalização, que geralmente são as férias, há um conjunto de ideias e atividades que gostaríamos de ter feito durante o ano e que não fizemos pela tão conhecida “falta de tempo” e que durante as férias voltou a vontade de as colocar em prática, ao mesmo tempo que abraçamos o regresso ao trabalho já com tantas tarefas e com um certa sensação de já ter tantas coisas para dar conta. Nesta fase, onde a ideia e a realidade ainda não estão ajustadas, é importante recordar uma noção da gestão de tempo e energia tão conhecida - o estabelecimento de prioridades. Já conhece a história da forma certa de encher o jarro? Deixamos no fim, uma versão da história completa. Imagine que tem um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagine que para encher o jarro, vai colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que acham que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma? ... E se colocássemos as pedras grandes primeiro? E se o jarro fosse a representação do tempo que tenho disponível na minha vida? Quais seriam as minhas pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Estou satisfeito com a forma como tenho enchido o meu jarro? Manter o foco naquilo que é importante para nós e simultaneamente cuidarmos disso, implica em primeiro lugar definir quais são as nossas pedras grandes. Depois de definidas, é importante que as coloquemos logo no "nosso jarro" (estabelecer dias e horas para as realizar na agenda) e que se defina um conjunto de ideias e atividades concretas e realistas que ajudem a cuidar daquilo que é realmente importante. Se passado algum tempo, a areia e a gravilha continuar a ocupar primeiramente o jarro, talvez essa possa ser uma oportunidade para repensar e recolocar as todo o conjunto de pedras. Muitas vezes ficamos presos àquilo que não fizemos e devíamos ter feito em vez de olharmos de forma livre e não julgadora: porque é que continuamente não ando a fazer algo que realmente é importante para mim? Deixamos então uma das versões completas da forma de encher o jarro: Um dia, um velho professor da Escola Nacional de Administração de França foi convidado para fazer uma apresentação sobre planeamento eficaz do tempo a um grupo de administradores de empresas norte americanas. O tempo que lhe foi atribuído foi muito breve: o professor tinha apenas uma hora para fazer passar a sua mensagem. Primeiro, o professor observou pausadamente os vários elementos deste grupo de elite (que estavam prontos a tomar notas de tudo o que o perito lhes quisesse ensinar). Seguidamente disse: “Vamos fazer uma pequena experiência.” O professor tirou um enorme jarro de debaixo da secretária que o separava dos alunos e colocou-o com cuidado à sua frente. Depois tirou cerca de doze grandes seixos, aproximadamente do tamanho de uma bola de ténis, e colocou-os cautelosamente, um após o outro, dentro do jarro. Quando o jarro estava cheio até acima e não havia espaço para mais seixos, olhou para cima, erguendo lentamente a cabeça, e perguntou aos seus alunos: “Este jarro está cheio?” E todos lhe responderam: “Sim...” Ele esperou alguns segundos antes de perguntar: “De certeza?” Então, desapareceu novamente por trás da sua secretária para reaparecer com um frasco cheio de gravilha. Despejou a gravilha sobre os seixos e em seguida agitou um pouco o jarro. A gravilha espalhou-se por entre os seixos até ao fundo do jarro. O professor olhou novamente a sua audiência e perguntou: “Este jarro está cheio?” Desta vez os alunos mais espertos começaram a entender. Um deles respondeu: “Provavelmente não.” “Certo!” respondeu o professor. Mais uma vez, desapareceu por trás da secretária e reapareceu com um balde de areia. Despejou a areia no jarro de forma que esta encheu o espaço entre os seixos e a gravilha. Perguntou novamente: “Este jarro está cheio?” Desta vez, os alunos mais espertos responderam sem hesitação e em coro: “Não!” “Certo!” disse o professor. E tal como os seus alunos mais brilhantes já esperavam, ele pegou numa garrafa de água que tinha sob a secretária e encheu o jarro até acima. Então, olhou a audiência e perguntou: “Qual é a grande verdade que esta experiência nos ensina?” O mais atrevido dos seus alunos – muito esperto – pensou no tema da apresentação e respondeu: “Ensina-nos que mesmo quando pensamos que a nossa agenda está completamente cheia, podemos sempre encaixar um encontro ou outras coisas a fazer.” “Não,” disse o professor, “não é essa a lição. A grande verdade por trás desta experiência é a seguinte: se não puserem primeiro os seixos grandes no jarro, não será possível que todos caibam lá dentro mais tarde.” Seguiu-se um momento de silêncio. Todos se tinham apercebido de que o professor tinha razão. Seguidamente este perguntou: “Quais são os grandes seixos da vossa vida? A vossa saúde? A vossa família? Os amigos? Tornar realidade os vossos sonhos? Fazer o que gostam mais? Aprender? Defender uma causa? Descontrair? Ter tempo só para vocês? Ou... algo completamente diferente?” “O que é realmente importante é pôr primeiro os seixos grandes da vossa vida. Caso contrário, não tomarão conta da vossa vida. Se derem primeiro atenção às coisas mais insignificantes (a gravilha, a areia...), encherão a vossa vida com coisas insignificantes e não terão tempo para as coisas realmente importantes."
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